Jeep bem amado do Brasil se renova para não perder o trono
Avaliamos a versão intermediária do SUV médio mais vendido do país, que aposta na estabilidade para enfrentar a agressiva concorrência asiática no mercado nacional

A linha 2026 do Jeep Compass mantem a estratégia que consolidou o modelo como referência no segmento de SUVs médios. A versão Longitude, avaliada neste teste, permanece como o fiel da balança no portfólio, posicionando-se entre as opções de entrada e as configurações de topo, agora pressionadas pela chegada de rivais eletrificados.
O preço atualizado da versão Longitude T270 parte de aproximadamente R$ R$ 195.890,00, podendo variar conforme a tributação estadual e pacotes opcionais como teto solar ou acabamento escurecido. O valor coloca o modelo em disputa direta com o Toyota Corolla Cross XRE, Volkswagen Taos Highline e os chineses híbridos GWM Haval H6 HEV e BYD Song Pro.
Sob o capô, a Jeep manteve o motor T270. Trata-se de um propulsor 1.3 turboflex de quatro cilindros, capaz de entregar 185 cv com etanol e 180 cv com gasolina, ambos a 5.750 rpm. O torque máximo é de 270 Nm (27,5 kgfm) a 1.750 rpm, independentemente do combustível utilizado.
A transmissão é automática de seis velocidades, fornecida pela Aisin, com conversor de torque. A tração é exclusivamente dianteira (4x2) nesta configuração, reservando o sistema 4x4 apenas para as versões equipadas com o novo motor 2.0 Hurricane ou as variantes a diesel remanescentes.
Ao dirigir, o Compass Longitude apresenta respostas imediatas ao acelerador em saídas de semáforo, característica do torque disponível em baixas rotações. O câmbio realiza trocas suaves em condução urbana, embora apresente breves retenções de marcha em retomadas bruscas na estrada. A direção elétrica possui calibração leve para manobras e ganha peso progressivo em velocidades de rodovia.
A suspensão independente nas quatro rodas, do tipo McPherson tanto na dianteira quanto na traseira, privilegia a absorção de irregularidades do asfalto. O chassi demonstra estabilidade em curvas, com rolagem de carroceria controlada, sem transmitir insegurança ao condutor em trajetos sinuosos.
Em termos de consumo, segundo dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o modelo registra médias de 7,1 km/l na cidade e 8,6 km/l na estrada com etanol. Abastecido com gasolina, os números sobem para 10,4 km/l em ciclo urbano e 12,1 km/l em rodoviário.
O tanque de combustível comporta 60 litros. Com base nos dados de consumo rodoviário com gasolina, a autonomia teórica pode chegar a 726 quilômetros, permitindo viagens de longa distância com poucas paradas para reabastecimento.
O acabamento interno utiliza materiais emborrachados no painel e nas portas dianteiras, com arremates em couro sintético no volante e nos bancos. A montagem das peças apresenta alinhamento preciso, sem ruídos parasitas evidentes durante o teste em piso irregular.
A posição de dirigir é elevada, oferecendo ampla visibilidade frontal e lateral, característica procurada neste segmento. O banco do motorista conta com ajustes manuais de altura na configuração padrão, enquanto o volante oferece regulagem de altura e profundidade.
Entre os itens de conforto, destacam-se o ar-condicionado digital de duas zonas, chave presencial com partida por botão, espelhamento sem fio para Android Auto e Apple CarPlay na central multimídia de 10,1 polegadas e quadro de instrumentos digital configurável de 10,25 polegadas.
As novidades para a linha 2026 concentram-se na extensão da garantia total para 5 anos e na oferta de novos pacotes visuais, como o Night Eagle, que adiciona elementos escurecidos à grade e logotipos. O pacote de assistências à condução (ADAS) pode variar conforme o opcional escolhido, mas itens como seis airbags são de série.
O espaço no banco traseiro acomoda dois adultos com folga para pernas e cabeça, dispondo de saídas de ar dedicadas e portas USB para carregamento. Um terceiro ocupante central encontra limitações devido ao túnel central e ao formato do assento.
O porta-malas oferece 476 litros de capacidade no padrão VDA. O compartimento possui formato regular e boca de acesso ampla, facilitando o alojamento de malas grandes e objetos volumosos. O banco traseiro bipartido permite a ampliação da área de carga quando necessário.
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